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Eleições para Prefeito em 2024 Repetem Cenário de 2020 em Quase Cem Cidades do País

  • Foto do escritor: Moses Gomes
    Moses Gomes
  • 5 de out. de 2024
  • 2 min de leitura


Em várias cidades, a disputa pela prefeitura em 2024 contará com os mesmos dois candidatos da última eleição. Especialistas apontam que essa repetição se deve ao grande número de municípios pequenos no Brasil, onde há poucos grupos políticos.


Em Novo Lino (AL), por exemplo, a eleição será quase idêntica à de 2020, com os mesmos candidatos, Marcela Gomes e Dedé do Bacurau, disputando a liderança de uma cidade de 10 mil habitantes. Nesta nova corrida, Marcela, que foi eleita pelo PL, agora concorre pelo MDB, enquanto Dedé muda de PL para MDB.


Novo Lino está entre 94 municípios onde a eleição de 2024 reflete a de 2020. Nesse cenário, prefeitos buscam a reeleição enfrentando adversários que já venceram, enquanto os derrotados quatro anos atrás buscam uma revanche. A troca de partidos é uma prática comum: 60 dos 94 candidatos derrotados em 2020 mudaram de sigla, assim como 49 prefeitos eleitos, enquanto 45 mantiveram suas legendas.


Contexto Político Local


Para o cientista político Jairo Nicolau, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), essa situação não é surpreendente, uma vez que dois em cada três municípios brasileiros têm até 20 mil habitantes. Isso resulta em uma articulação política menos diversa em comparação com grandes centros urbanos. "Em muitos casos, existem apenas dois ou três grupos políticos que dominam a cena local, e a ideologia tradicionalmente entendida está distante da realidade dessas comunidades", explica Nicolau.


Em municípios menores, o histórico local e as tradições familiares têm mais peso nas eleições do que a ideologia política. O especialista observa que alianças incomuns, como entre PL e PT, são frequentes nas disputas municipais, reforçando que as questões locais prevalecem sobre as questões nacionais.


A cientista política Vera Chaia, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), complementa que a troca de partido tende a ser vista de forma mais crítica em cidades maiores. Em municípios menores, a aceitação do candidato e seu histórico pessoal são determinantes para o eleitor. "Se o candidato tem boa aceitação, a mudança de partido é compreendida, especialmente em situações como a de Novo Lino", conclui Chaia.


 
 
 

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