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Aos 97 anos, falece Cid Moreira, uma das maiores referências do jornalismo televisivo brasileiro.

  • Foto do escritor: Moses Gomes
    Moses Gomes
  • 3 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

O jornalista, locutor e apresentador estava hospitalizado em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, desde o início de setembro e morreu em consequência de falência múltipla dos órgãos.


Cid Moreira durante a apresentação do Jornal Nacional — Foto: Acervo Grupo Globo


O jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, ícone da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos. Com uma carreira marcada por sua presença inconfundível na comunicação, Cid deixou um legado memorável no jornalismo.


Cid estava hospitalizado desde 4 de setembro no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, onde foi internado devido a insuficiência renal crônica. Seu quadro de saúde se agravou, e às 8h desta quinta, ele veio a falecer em decorrência de falência múltipla dos órgãos.


Com uma trajetória impressionante, Cid Moreira apresentou o "Jornal Nacional" aproximadamente 8 mil vezes, conforme o Memória Globo. O jornalista se consolidou como uma das vozes mais emblemáticas do país, sendo referência de credibilidade por décadas.


Seu corpo será sepultado em Taubaté, sua terra natal, no Vale do Paraíba. No entanto, os detalhes sobre a data e o local exato da cerimônia ainda não foram divulgados. Estão previstos dois velórios: o primeiro em Itaipava, também na Região Serrana, e o segundo, na sexta-feira (4), no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio de Janeiro.


Nascido em 1927, Cid Moreira completou 97 anos no último domingo (29). Sua carreira começou no rádio em 1944, após ser incentivado por um amigo a participar de um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. De lá, ele seguiu narrando comerciais e migrou para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e Propago Publicidade.


Em 1951, Cid se mudou para o Rio de Janeiro, onde foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Durante esse período, entre 1951 e 1956, ele começou a atuar na televisão, apresentando comerciais ao vivo em programas da TV Rio, como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala”. Sua estreia como locutor de noticiários veio em 1963, no "Jornal de Vanguarda", da TV Rio, abrindo caminho para sua vasta carreira no telejornalismo.


No final da década de 1960, Cid foi chamado de volta pela Globo para apresentar o "Jornal da Globo" e, logo depois, foi escalado para a equipe inaugural do "Jornal Nacional", o primeiro telejornal transmitido em rede nacional no Brasil. Sua estreia, ao lado de Hilton Gomes, aconteceu em setembro de 1969.


Em uma entrevista ao Memória Globo, Cid contou sobre a tensão na estreia do "Jornal Nacional", que logo se tornaria o principal noticiário da televisão brasileira. Dois anos após o lançamento do programa, ele começou uma parceria duradoura com Sérgio Chapelin, que marcaria sua presença no JN por 26 anos consecutivos. Seu lendário "boa-noite" diário ficou imortalizado na memória dos brasileiros.


A partir de 1996, o "Jornal Nacional" passou por uma reformulação, e novos apresentadores assumiram a bancada. Cid passou então a se dedicar à leitura de editoriais, permanecendo ainda como uma presença respeitada no telejornalismo da emissora.


Além do JN, Cid Moreira também foi figura constante no "Fantástico" desde sua estreia, em 1973. Em 1999, narrou o quadro de grande sucesso protagonizado pelo ilusionista Mr. M, consolidando ainda mais sua conexão com o público. Sua voz profunda e marcante foi tão associada ao personagem que, em 2000, Cid entrevistou o próprio ilusionista em uma visita ao Brasil.


Durante a década de 1990, Cid iniciou um novo projeto pessoal, dedicando-se à gravação de salmos bíblicos. Em 2011, alcançou a meta de gravar a Bíblia na íntegra, um projeto que foi amplamente bem-sucedido e muito bem recebido pelo público.


Em 2010, foi lançada sua biografia "Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil", escrita por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira. Durante a Copa do Mundo daquele ano, ele também gravou a icônica vinheta "Jabulaaani!" para a cobertura esportiva da Globo, adicionando mais um momento inesquecível à sua vasta e ilustre trajetória.


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